O setor de saúde suplementar no Brasil e no mundo enfrenta um período de grandes transformações. O aumento da expectativa de vida, os avanços tecnológicos e a crescente quantidade de medicamentos lançados no mercado são alguns dos fatores que têm contribuído para essas mudanças. Além disso, as frequentes alterações normativas, tanto legislativas quanto pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), geram um desequilíbrio entre receitas e despesas das operadoras de saúde, culminando no aumento dos custos.
Neste mês, a ANS anunciou o reajuste anual máximo de 6,91% para os planos individuais e familiares, válido para o período entre maio de 2024 e abril de 2025. Este percentual ficou acima de indicadores inflacionários gerais, como o IPCA, mas ainda abaixo da inflação médica hospitalar. Esse descompasso ressalta a dificuldade de manter a sustentabilidade em um mercado com preços regulados, levando muitas operadoras a interromperem a venda de planos individuais e familiares.
Índice de Variação dos Custos Médicos e Hospitalares (VCMH)
O VCMH, utilizado tanto no Brasil quanto em outros países, mede a variação de preços e a frequência de consumo dos serviços de saúde. Diferentemente dos índices que avaliam apenas a variação de preços, o VCMH inclui a incorporação de novas tecnologias médicas, refletindo de maneira mais ampla os custos do setor.
Precisamos acrescentar ainda que o desconhecimento por parte dos consumidores sobre os custos assistenciais das operadoras frequentemente gera insatisfação em relação aos reajustes aplicados. A composição do preço de um plano de saúde envolve diversas variáveis, como o valor dos procedimentos e medicamentos, frequência dos exames, ressarcimentos ao SUS, decisões judiciais, custos regulatórios, novos procedimentos incluídos no rol de coberturas, perfil etário dos usuários, e despesas administrativas e comerciais.
Por isso, é fundamental que os consumidores compreendam os custos envolvidos na saúde suplementar. Um maior conhecimento sobre a atuação dos agentes e a necessidade de prevenção e cuidados com a saúde pode tornar este mercado mais sustentável. A conscientização sobre esses aspectos ajuda a criar um ambiente de maior transparência e confiança entre as operadoras e os consumidores.
E por outro lado, as cooperativas médicas devem concentrar seus esforços nas suas áreas de atuação primária: o bem-estar dos beneficiários. Nesse contexto, a HIL Proteção de Ativos surge como uma aliada estratégica, oferecendo serviços de outsourcing que realizam a gestão comercial para o Sistema Unimed. Essa parceria permite que as Unimeds mantenham o foco total em sua missão do cuidado assistencial dos seus beneficiários, enquanto a HIL gerencia a área comercial de forma estratégica, garantindo uma operação mais eficiente e econômica.